Álbum de epifanias


Constellation: The Morning Star, 1940
Outro dia estive observando que não guardo muitas fotos. Na verdade, nem me lembro de levar máquina fotográfica. Sempre me perguntam: como assim não trouxe máquina?

Confesso que tenho em minha memória - que em geral é ruim para detalhes - um espaço reservado para momentos importantes de deslumbramento. Comecei essa deliciosa coleção - demaneira intencional, mas não de maneira organizada - há mais ou menos sete anos.

Meu primeiro post it (amarelinho) emocional eu guardei há sete anos. Nele, a completeza que senti certa tarde de outono ao segurar a mão pequenina da pequenAna. Ela devia ter entre dois e três anos. Mão gordinha, ainda meio de bebê meio de criança. A suavidade da pele, o quentinho no meu coração, a sensação de que estava cumprindo uma importante missão ao segurar sua mãozinha. Estávamos num parquinho perto de onde morávamos. Naquele momento, me lembro de ter pensado: não quero perder esse momento nunca! Preciso guardá-lo. Ainda hoje, quando essa luz linda de maio chega, eu me lembro daquele dia no parque.

Agora resolvi registrar em palavras. Na verdade, listar minhas epifanias para não esquecer, nunca mais, o quanto eu sou uma pessoa feliz.
PS: Miró: quase explodi quando vi ao vivo pela primeira vez.

Comentários

Luanna disse…
Ah... Assim nem fluoxetina me faz parar de chorar!!! Ká, saudades de vc, viu? bj
Euaqui disse…
ô, flor... saudades suas tb!

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