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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Minha psicobiologia

- Doutor, sinto uma angústia... - Quanto você pesa?, pergunta o médico. - Como?, questiona em resposta a garota, sem acreditar. Mas temendo compreender onde a conversa ia parar. - Seu peso, minha filha - pede, e repete, o médico. - Estou seis quilos acima do ideal. O senhor acha que estou com algum problema de auto-estima? - Por favor, deixe esse pobre operário da saúde trabalhar - retrucou o doutor já perdendo a curta paciência. Quero saber quanto você pesa para prescrever o remédio. - Mas o senhor não acha que posso resolver tudo com terapia, exercícios e meditação?, preocupa-se a moça. - Minha filha, vou é lhe dar um remédio para gases e intestino preso. Se, daqui uma semana, isso tudo persistir, aí volte aqui. Que lhe prescrevo um inibidor de apetite.

Podia ser TPM

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quero mas não quero/desisto mas procuro/provoco mas fujo/beijo mas corro/pulo mas freio/aliso mas espinho/choro mas busco/afasto mas puxo/cego mas ouço/canso mas quero/quero mas não quero PS: imagem linda que achei no thumblr lindo My Little Piece of Nowhere

Post it mental

1) Lembrar que a paixão retarda o tempo tanto quanto a vontade de se apaixonar 2) Se está pensando mais de duas vezes antes de agir, das duas uma: ou a paixão acabou ou ela virou coisa p... maior! 3) Pensar, julgar, analisar só têm uma coisa em comum com apaixonar, amar e beijar: a primeira conjugação #tenhodito

Poesiareia

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Sinto frio desde o dia em que você foi embora E não faz sete dias Mas, por que tanta ansiedade Se há seis anos o porvir espera para acontecer PS: Ilustra de Joana Toste, porque, afinal de contas, é preciso delicadeza

Eu preciso aprender a ser só - Achados e perdidos

Tenho cinco minutos para este texto. Tenho hora. Não quero limites, mas eles existem aos montes. Esse não ter tempo, esse não poder ver, essa pressa sempre presente. Tudo isso só aumenta a tensão e o tesão. Parece que estou prestes a explodir - apesar de já ter explodido hoje. Minutos atrás. Há cinco minutos. O beijo longo. Um tchau. "A gente se vê já já". Já já é daqui mais de mês. Haja Paul Auster para segurar tanta vontade. E eu, só tenho a agradecer: afinal, achei algo que nem eu sabia ter.

Cores que eu queria ver

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E, nessa manhã-tarde (13h10), de pensamentos que vêm e vão, mais uma imagem que me diz. Fonte: The Coolsumist

< 3 < 3 < 3

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conheço algumas ilustras dessa moça, Minaje Lee . acho-as lindas. acabo de buscar o site dela e exatamente a ilustra preferida está na capa. descubro, então que ali, bem pequeninho, no queixo, perto da mão - o punctum pra mim desde sempre na imagem --, está escrita a palavra LOVE. como não amar?

Tristeza de mil faces

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Acordei com a luz do dia. Não quando o sol nasceu. Não sei ao certo que horas foi isso. Uma nuvenzinha de lágrimas já se aproximava -- virei para o canto, aproveitei mais um pouco o efeito da passiflora e dormi até 9h30, quando o celular tocou o alarme de despertador. A nuvenzinha estava tomando forma. Virei pro outro lado, até que apitou mensagem nova. No celular. Não era quem eu queria. Mas era alguém amado. Melhor que há dois segundos atrás -- uma oferta de serviços. Conversei quase uma hora. Percebi que estava triste. E fui ficando mais e mais. Lembrei que (amei - ato falho?) li O Primo Basílio e Madame Bovary , no período da primeira e da segunda gravidez. Sempre me perguntei por que escolhi esses livros, duas histórias da falência do casamento burguês. Duas mulheres atormentadas pela traição aos costumes e aos compromissos, por terem sido fieis ao seu desejo, ao seu impulso de alegria, de vida e de desejo. Acordei tomada da tristeza de algumas lembranças, entre elas, de

Amigos sem nome

Mais um ano começa. E é sempre mais do mesmo. A gente deseja, a gente se propõe. Eu queria agradecer -- não sei a quem. Mas sou grata pelos meus amigos sem nome. Eles fazem parte do meu dia a dia. As moças que me atendem na padaria toda noite quando passo para pegar o pão -- uma delas sempre se lembra de mim e pergunta se, dessa vez, vou querer sacolinha de plástico. No começo, elas todas estranhavam. Depois perceberam que era um cuidado meu (mais plástico pra que, né, minha gente?). Passaram a olhar para mim e não apenas ouvir meus pedidos. Eu retribui, lógico. Se uma estava mais desanimada, eu logo perguntava: demora muito para acabar seu turno? Os seguranças que ficam na porta da firma. Uns me dizem bom dia. Um deles sabe até o meu nome. Se eles não me olham (deviam, né? deviam olhar para todo mundo que entra), eu faço questão de cumprimentar. E tem a moça da recepção que trabalha com a Cris (o nome dela eu decorei!) -- eu falo com elas com mais frequência que deveria pois esq