Feira livre

E no meio de tanta lembrança, precisei resgatar imagens de felicidade. Uma das primeiras estradas que trilhei sozinha [foto: São Luis do Paraitinga, por Marcelo Parise Petazoni ] Eu vi essa belezura de espetáculo, mas não achei graça... [foto: http://www.aracatinet.com/?p=1389] Nessa praça eu voltei a achar que dançar de dois podia ser bom [foto: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=424147] Voltas e revoltas ao Planalto Central [foto: http://www.brasiliafotos.com.br/]

dia importante amanhã. na verdade hoje é amanhã já. deixo minha casinha, a que me abrigou nos últimos cinco anos. já andei por aqui, lembrei tanta coisa. deu vontade de chorar. chorei. senti de novo um monte de coisa. precisei perder muito para me ganhar de volta. para me ganhar de vez. agora num dianta. ninguém me tira de mim. percorro a internet como há muito não fazia. fui a lugares que me fazem doer. por quê? eu me pergunto por que eu faço isso. um papel, um negócio tá embolado no meio da minha barriga. engraçado sentir medo a uma altura dessas. já perdi tanto. perdi dois dos homens que mais amei no mundo. meu pai foi um deles. doi tanto que chorar é um alívio. é um sinal de que ainda há vida aqui dentro. que não ficou só essa casca autêntica e esse coração que não sabe mais como bater. pontinho de luz e raio de sol ainda me fazem andar. minha crença em um mundo melhor ainda me faz levantar. ser quem eu sou me obriga a caminhar.

Confronto na USP. Repressão com bombas de "efeito moral", balas de borracha na galera manifestante. Gritos de "Fora, PM", "Filhos da puta", "Sai daqui, coxinha". Ninguém gostou do que viu - ao vivo- pela TV. Quer dizer, me disseram que os seguranças da USP riam solto na sede da reitoria. Talvez alguns policiais tenham se orgulhado do ataque organizado sobre os estudantes que estavam em maior número. E é certo que em alguma roda de amigos, manifestantes se pavonearam do enfrentamento. Gente idiota existe em tudo que é canto. O movimento está certo: funcionários se mobilizam por melhoria salarial, querem o direito de protestar, pedem mais uma vez eleições para reitor. A reitoria da USP está certa: quer garantir o direito de ir-e-vir dos funcionários que desejam trabalhar, quer assegurar a integridade física da reitoria e evitar outra ocupação de 50 dias como aconteceu em 2007. Confronto na USP: quem começou? "Eles começaram a atirar"