Feira livre

Começa oficialmente a busca por um projeto de pós-graduação. Mestrado lato sensu. A hastag é #medo. Um apavoramento diante da imensidade de conteúdos e conhecimentos que estão por ser entranhados. Desta vez, a viagem não é de leste a oeste ou de norte a sul. É água abaixo. E não sei nadar.

Era tanto pensamento que os olhos já estavam ardendo. Era tanta pressa que não conseguia sair no lugar. Era tanto medo que se jogava num álibi imperfeito. Era tanto enfastio que sentia mais fome que sempre. Era tanta pergunta que a cabeça tinha criado muito espaço entre um pensamento e outro. Queria cantar e dançar tudo aqui, mas as pernas doíam. Tinha andado tanto. A nuca queimava. Era tanta agonia que preferiu entrar por aquela porta. Nada de amenizar ou extirpar aquela queimação no corpo que não sabia de onde vinha, mas sabia muito bem para onde queria levar.

a paz é uma sede saciada

Eu tava pensando: que é eu faço com esse louco? E não é que olho pro chão e vejo um nome pichado na calçada. Ahá: era o nome dele.

Fiz uma busca por "santa paciência" -- porque é tudo de que estou precisando neste momento. Ó o que eu achei:

Carta do dia: Temperança Ela aparece num momento em que minha vontade é dar um "dá ou desce". Respiro fundo. Vou tentar me colocar no lugar do outro, como sugere o Personare . E aceitar de coração (mais tranquilo) tanto o "dom" quanto o "desafio" propostos pelo Tarô do Amor : o dom promete "resolução do conflito" e o desafio alerta para os "excessos, obsessão e obstinação". PS: imagem do Via Tarot

1) Fazia compras ele mesmo, regateando os preços, como se ainda estivesse no mercado central. Mas como estava impossibilitado de andar, usava o telefone celular 2) Sentado na calçada, olhando o mar, comia um sanduíche de presunto. Sabia que era sua última refeição. 3) Talvez porque ninguém tivesse tido paciência com ela, costumava se apegar às suas ideias. Diziam que era teimosa. Mas ela só sabia ser só. 4) Olhava o saco da padaria quando a dona passava pelo portão. Queria sentir o gosto daquele cheiro. 5) Fugia de si mesma como o diabo da cruz escrevendo tudo o que passava por sua cabeça. 6) Tinham tudo para serem felizes juntos. Parecia o amor mais possível e mais inviável de que se tivera notícia. 7) Nem era bonita, nem era inteligente a amante que seu marido arrumara. Era uma afronta. Entre estar certa (e dar um pé na bunda do calhorda que teimava em repetir que não era nada importante) e ser feliz (gerar um filho com o homem mais inteligente e sedutor que conhecera), f

Olhou pra estante e pegou quatro livros: A Negação da Morte (Ernest Becker), Anotlogia Poética (Mário Quintana), Indústria Cultural (Theodor Adorno) e A Paixão segundo GH (Clarice Lispector). Agora, com eles ao seu lado, no móvel ao lado da cama, podia dormir.

Alerta vermelho -- duas histórias começadas. Não quero ser caminho não concluído mais uma vez. PS: Imagem pescada no blog Cara Estranho , num post com o lembrete:  solteiro tem que estar "sempre alerta" ... Estou solteira?