Pensar. Escolher. Decidir?



Sabe quando o chão some? E você pensa: como eu não percebi? Poizé, não foi essa a sensação que tive desta vez. Pela segunda vez na vida me senti traída; ao menos desta vez eu suspeitava.

Tento não pensar. Tento pensar. Não consigo nem uma coisa nem outra: rolou um aperto na garganta e um embrulho no estômago. Estou paralisada. Nem trabalho, nem vejo TV. Nem choro. Tento visualizar a situação. Tento entender o que sinto. Nada sinto. Uma certa tristeza, uma sensação de estômago cheio e muita, muita preguiça.

Acho que a questão aqui é saber o que fazer depois da decepção. Com o trabalho, com o amor, consigo mesma. Aí, olho para um lado e para outro, meio sem jeito. O que está acontecendo, mesmo? É como uma surpresa que zerasse o que aconteceu até agora. Mas não é assim que as coisas são, né?

Começo, a partir desta frase, a perceber que essa frustação é o que me impede. Ainda, um erro é algo com que não sei lidar. Apesar de todos os erros que já cometi. Me envergonho deles. Quero me esconder. E nada resolvo. Acho que estou meio grandinha para me esconder depois de quebrar a xícara.

Engraçado passar por isso tudo. Estranho reler o texto. Dá um misto de não reconhecimento e a sensação de que esse tipo de sentimento me acompanha há mais tempo que posso contabilizar.

(Imagem de Daniel Alabarce)

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