Tempo, minuto, lembrança
E, de repente, você se vê sentada num pufe amarelo, lendo os textos de garotos de 15 anos. E boa parte dos textos começa assim, com a visualização de uma cena. Você se pega analisando a superficialidade, a pouca vivência - mesmo de adolescentes de classe média alta.
Momentos depois, vê uma garota, uma verdadeira moça - seu bebê! - balançando os braços ao cumprir a coreografia do grupo. Choveu minutos antes, mas o espaço estava seco. Ela se movimenta com tantas certezas que talvez nem ela mesma se perceba.
E hora de cortar o cabelo desse menino. Tá comprido demais. Perdeu a forma.
Dá vontade de esconder os espelhos.
Mas a vontade passa quando você olha pra dentro.
O vento no rosto. A chuva que cai, sem cerimônia.
Um frio que se instala. Mas está tudo bem. Tudo bem.
Momentos depois, vê uma garota, uma verdadeira moça - seu bebê! - balançando os braços ao cumprir a coreografia do grupo. Choveu minutos antes, mas o espaço estava seco. Ela se movimenta com tantas certezas que talvez nem ela mesma se perceba.
E hora de cortar o cabelo desse menino. Tá comprido demais. Perdeu a forma.
Dá vontade de esconder os espelhos.
Mas a vontade passa quando você olha pra dentro.
O vento no rosto. A chuva que cai, sem cerimônia.
Um frio que se instala. Mas está tudo bem. Tudo bem.
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