uma porção de palavras doces


a pressão na cabeça aumentou. doeu. era tempo de ir embora e não sabia por que isso me deixava daquele jeito. ainda.

tropecei em um sapato no meio do corredor e quase o acordei. quase. desviamos da rota antes de chegar ao destino, não foi, babe?

a cabeça. tentava lembrar desditos, buscava memórias ruins, construir argumentos sólidos. 

enchia o pulmão de ar, para colocar mais oxigênio a favor desse 13° trabalho hercúleo. de novo. 

mas faltava algo. ainda.

a alma tinha ficado encardida. e, ali, ele se deu conta de uma nódoa que talvez nunca o deixasse. já não o atraía mais. já não  machucava. mas estava ali. ainda.

lembrou, então. de nada, pois ja fazia tanto tempo. de tudo, num átimo. 

sorri com os olhos. como se aquela porção de palavras que me parecia prometida todos os dias da minha vida tivesse acabado de ser servida. 

pena que não queria servir.

sorri. de novo. com a alma menos partida.

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