Ado, ado, cada idéia ... - ou "da metáfora da arrumação dos armários"
Há muito tempo, organizar minhas coisas é muito simbólico. Me lembro de quando era meninota lá em na Alta Noroeste Paulista. Quando as angústias adolescentes começavam a fritar os miolos e ferver o peito, eu arrumava uma caixinha de bijus que eu tinha. Eu não usava quase nada do que estava lá. Mas me fazia bem olhar tudo, juntar os brincos aos pares, limpar a poeira das coisas e guardar tudo de volta. Eram brincos e anéis e pulseiras que não tinham nada a ver com a menina-moleque que eu sempre fui. Talvez ficassem ali, guardados na caixinha, esperando o dia em que eu lançaria mão de toda aquela aura que eu considerava feminilidade. Até hoje esta caixinha existe e nunca tive coragem de jogar fora alguns itens como o brinco de porcelana pintada que minha mãe me deu. Hoje encarei meu armário. Tava precisando viu? O armário e a minha pessoa. Separei roupas e bolsas e sapatos que não uso mais. Arrumei. Limpei. Me sinto bem melhor agora. PS: em busca de imagem para o post, eu me deparei com ...